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Artigos - Consensus for vaginal stenosis prevention in patients submitted to pelvic radiotherapy


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Radioterapia pélvica é um tratamento comum para pacientes que tem câncer ginecológico. Porem, pode trazer complicações a longo prazo em relação às alterações vaginais, como diminuição da lubrificação e estenose, caracterizada por uma redução ou obstrução do canal vaginal devido à formação de feridas e inflamações. Além disso, a radiação causa danos ao epitélio vaginal, tecido conectivo e pequenos vasos sanguíneos, causando inflamação e hipóxia, perda da elasticidade e aumento da deposição de colágeno. Tudo isso predispõe à formação de fibroses, afetando a qualidade de vida, principalmente a função sexual das pacientes.

Considerando a falta de um protocolo sobre o manejo da estenose no Brasil, o estudo teve como objetivo elaborar um consenso nacional sobre a prevenção de estenose vaginal em pacientes submetidas à radioterapia pélvica. O consenso brasileiro foi adaptado de um recente estudo holandês sobre o uso de dilatadores na prevenção da estenose vaginal nesta população.

O estudo foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, de acordo com as normas éticas. Utilizou a técnica Delphi para validar o conteúdo do estudo holandês por meio da avaliação dos itens por um comitê de especialistas. O consenso consiste em 7 categorias: Responsabilidade, População-alvo, Justificativa, Dilatador vaginal, Conteúdo para instruções, Fornecimento de informações e Suporte ao paciente. Para facilitar a organização do questionário, as declarações consensuais holandesas foram apresentadas em ordem numérica, e adicionado 3 itens em duas categorias, que também foram enviados para análise dos especialistas posteriormente. Todas as declarações e categorias estão mostradas em tabelas do artigo, inclusive a inclusão de orientações para uso de dilatadores vaginais, para mulheres com câncer anal e colorretal. Portanto, o documento enviado aos juízes (especialistas) continha 38 itens, subdivididos nas 7 categorias originais. A tradução foi realizada por dois tradutores brasileiros independentes, sendo um deles especialista em saúde. Após esta etapa, uma versão combinada das duas traduções foi retraduzida para o original (inglês) por outro tradutor, cuja língua nativa era o inglês. Este tradutor bilíngue avaliou formalmente a equivalência entre a retrotradução e o idioma do instrumento original, concluindo assim a tradução. Antes do envio do instrumento para avaliação profissional pericial, foi realizada uma etapa de avaliação piloto (pré-teste) do instrumento, na qual foi realizado por um profissional de cada área, para avaliar o nível de compreensão dos itens. A equipe era composta por uma enfermeira, uma radioterapeuta, uma ginecologista oncológica e uma fisioterapeuta. O objetivo desta etapa foi avaliar se a terminologia ou os comportamentos práticos, eram culturalmente aceitáveis ​​após a tradução dos itens. Nessa discussão foram ajustados 10 itens.

Os dados foram coletados de agosto de 2017 a fevereiro de 2018 por meio de formulários individuais enviados para os especialistas eletronicamente por meio do site do Formulários Google. Dos 32 juízes especialistas, 31,2% eram enfermeiras, 28,1% radioterapeutas, 25,0% ginecologistas ou oncologistas e 15,6% eram fisioterapeutas. A maioria dos profissionais tinha mais de sete anos de experiência nas respectivas áreas (65,6%) e 71,9% era da região sudeste do Brasil. O Índice de Validade de Conteúdo dos Itens (CVI-I) foi calculado como a soma das avaliações, "concordo" ou "concordo totalmente" com o item dividido pela soma de todas as avaliações do item. Duas rodadas do Método Delphi foram necessárias para que o CVI-I atingisse os 80% de critério estabelecido. Em cada rodada e na finalização do instrumento, os coeficientes de concordância entre avaliadores foram calculados com base nas respostas da escala Likert dos juízes por meio do coeficiente de concordância.

Entre as 7 categorias apresentadas, 5 delas tiveram 9 itens com CVI-I inferior a 80%, sendo que o total de itens a serem avaliados foi de 38. Os mesmos juízes foram convidados para o segundo turno, mas 5 profissionais não participaram da segunda rodada. A partir da primeira rodada, os itens "extra 3" (referente ao tempo de início do processo de dilatação) e "16" (sobre o uso de tampão de vaselina) foram excluídos do instrumento. Depois que as alterações foram feitas (versão do segundo turno), esses mesmos itens foram devolvidos aos juízes para o na avaliação da segunda rodada. Para os 7 itens reformulados, o coeficiente de concordância AC2 entre 27 juízes foi 0,81 com intervalo de confiança de 95% entre 0,74 e 0,87 (p-valor <0,001). O instrumento final foi composto por 29 itens validados na primeira rodada, mais 7 itens reformulados e consolidados na segunda rodada, totalizando 36 itens. O CVI-Q final do instrumento foi de 0,92. A Tabela 5 do artigo apresenta o CVI-A para cada categoria avaliada e a tabela 6 do artigo mostra a versão final das instruções para prevenção da estenose vaginal em pacientes submetidas à radioterapia pélvica, em português.

Em conclusão, os resultados do estudo indicaram que o consenso atende à maioria das necessidades de instrução ao paciente e pode ser caracterizado como uma diretriz para a educação em saúde, que deve ser promovida pelo profissional, que, por sua vez, tem necessidade de treinamento para estabelecer uma diretriz única de informações e orientações ao paciente. Esse consenso pode ser considerado um instrumento confiável para a educação de pacientes de câncer ginecológico que são submetidas à radioterapia, para prevenção da estenose vaginal.

 

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